De acordo com a Assessoria de Comunicação do evento, a presença do Padre Geral é muito importante neste momento de reflexão sobre a preparação para uma reorganização das unidades administrativas e apostólicas da Companhia na América Latina. Cada Província atual tem a oportunidade de apresentar como seus membros encaram uma reestruturação das Províncias e o Padre Geral ao ouvir o que os jesuítas e seus parceiros na missão sentem e entendem sobre os planos propostos, também pode dar uma contribuição específica, com base na evolução que prevê para a Sociedade universal.

A CPAL não é a primeira nem a única Conferência a considerar um projeto concreto de reconfiguração das Províncias. Em todos os casos, surgem desafios. Eles estão ligados, sem dúvidas, a diferenças culturais, idiomas e tradições. Cabe aos Superiores Maiores, antes de tudo, enfrentar esses desafios. Eles têm a responsabilidade de mostrar aos jesuítas e aos leigos envolvidos no trabalho da Companhia como o futuro da missão confiada à Companhia dará mais frutos se aprendermos a trabalhar juntos.

A Assembleia também oferece uma oportunidade para abordar outros temas. Sem surpresa, haverá uma revisão das formas de comunicação em tempos de crise. Uma Província como o Chile teve que aprender rapidamente as regras de transparência e iniciativa em meio à turbulência que a abalou entre 2019 e 2022. Agora pode aconselhar outros Superiores Maiores que enfrentam situações semelhantes, como foi necessário recentemente na Bolívia. Assim, as reuniões dos Provinciais são também uma forma de estes homens se ajudarem de várias maneiras.

Também aqui se destaca a participação do Pe. Arturo Sosa, como Superior Geral. O programa de uma Assembléia de Conferência, quando está presente o Geral, inclui sempre encontros individuais e pessoais entre cada um dos Provinciais e seu Superior Geral. Isto é conhecido como a “conta de consciência”, um exercício de companheirismo e acompanhamento espiritual que todo jesuíta normalmente realiza todos os anos com seu Provincial. No caso dos Provinciais, a “conta” é dada ao próprio Geral.

Padre Sosa também tem um objetivo preciso em mente neste momento. Em todos os encontros que realizará com grupos de jesuítas desde a Congregação dos Procuradores realizada em Loyola em maio, ele anunciará a publicação do importante documento denominado “De Statu Societatis” (Sobre o Estado da Sociedade ). O Geral insiste que este não é apenas mais um documento da Cúria Geral, mas o culminar de um processo de discernimento que já dura mais de dois anos, com vista a orientar o futuro do serviço que a Companhia pode prestar à Igreja e aos homens e mulheres do nosso tempo. O De Statu não encoraja o início de outro processo de reflexão. Ao contrário, favorece a continuação do processo já em curso desde a última Congregação Geral (2016), a proclamação das Preferências Apostólicas Universais (2019), o apelo à conversão nas pegadas de Inácio durante o Ano Inaciano (2021-2022) e através de uma reflexão aprofundada sobre o voto de pobreza (2022). A versão final do De Statu Societatis deverá ser publicada em formato eletrônico no final de julho.