“Ajudar os pobres com o dinheiro deve ser sempre um remédio provisório para enfrentar emergências. O verdadeiro objetivo deveria ser sempre consentir-lhes uma vida digna através do trabalho” (Laudato si).
A citação do Papa Francisco reafirma a importância do Projeto Tecendo ReExistência do CAC (Centro Alternativo de Cultura) e da Companhia de Jesus, que tentam concretizar em ação essas palavras do pontífice desde as periferias urbanas a comunidades diversas do Estado do Pará.
Diante disso o CAC dá início a uma campanha para arrecadar equipamentos e materiais para o Projeto Tecendo ReExistência. A ação busca garantir que as mulheres beneficiadas tenham estabilidade econômica e possam exercer práticas libertadoras e solidárias em seus empreendimentos.
Projeto Tecendo ReExistências
O CAC, há mais de dois anos, acompanha 44 mulheres empreendedoras na construção de uma rede de economia solidária nas cidades paraenses: Belém, Barcarena, Ananindeua e Colares. São mulheres de todas as idades, empreendedoras individuais ou organizadas em pequenos grupos, envolvidas nessa rede conhecida como mulheres-água. Uma rede que em sua filosofia acredita que uma gota de água em si faz pouco, mas muitas gotas enchem um rio e são uma força da natureza, tal qual a força das mulheres quando se unem.
Essa rede é de economia solidária, mas também pode-se dizer que é de saberes, criatividades e solidariedade. As mulheres produzem para sobreviver, mas também se entreajudam.
Dona Maria, uma mulher que participa do Coletivo de Mulheres Artesãs de Colares, com restos de tecido faz tapetes, travesseiro capas coloridas para almofadas a partir do reaproveitamento de materiais que seriam destinados ao lixo. O coletivo MUARA – Mulheres Ativas do Radional (Belém) construiu no quintal de uma casa a sua fábrica artesanal de produtos de limpeza. Eles são vendidos em garrafas plásticas reutilizadas.
Na rede, também se incluem empreendimentos agrícolas e agroflorestais como os “Quintais Produtivos” que nascem do conhecimento e resistência ancestral das mulheres quilombolas Makini e Turi (Ananindeua).
Unidas e em busca de independência econômica os grupos “Delícias das Meninas do Abacatal” e “Sabores do Quilombo” também se somam a rede. Eles produzem comidas regionais, valorizando os produtos do território.
Diante dessa rica e diversa realidade, é priorizado no projeto, antes de tudo, incentivar o fortalecimento de vínculos entre mulheres empreendedoras para que a rede possa ser um local de crescimento para suas atividades, mas também um espaço de fala, cuidado e apoio mútuo de acordo com a lógica da economia solidária.
O projeto possibilita que as mulheres recebam formações sobre marketing, gestão financeira e identidade visual. E por meio da iniciativa da Campanha Teia solidária: fortalecendo empreendedoras, tecendo sonhos, almeja-se que os sonhos dessas mulheres sejam concretizados a partir da doação de equipamentos e materiais que para alguns pode parecer fáceis de obter, como uma roçadeira, um mixer ou uma mesa, mas que para uma pequena empreendedora representa um custo alto, muitas vezes que a impossibilita de empreender.
Por essa razão, o objetivo da campanha é arrecadar insumos a fim de ajudar na realização dos sonhos e consequentemente, no desenvolvimento da rede de economia solidária de mulheres empreendedoras
Como participar na campanha?
Você pode colaborar para fortalecer essa rede de mulheres por meio da doação de equipamentos ou materiais (novo ou usado) dos itens listados abaixo, ou realizar a doação em dinheiro por transferência bancária ou pix.
1. EQUIPAMENTOS
Aqui a lista de equipamentos que a campanha está procurando:
– Computador
– Celular
– Mesa
– Cadeira
– Armário
– Prateleiras
– Roçadeira
– Forrageira
– Tela galvanizada
– Mixer
– Liquidificador
– Triturador
– Espelho
– Tripé de led
– Paquimetro para sobrancelha
2.MATERIAIS PARA USO
Em segundo lugar, a campanha também quer coletar materiais para uso nas atividades artesanais de mulheres empreendedoras: talvez sobras de materiais têxteis, linhas, produtos com avarias, remessas não comercializáveis, material de recuperação que pode ser transformado e ter nova vida nas mãos hábeis da rede de empreendedoras.
Esta é a lista de materiais mais utilizados pelas artesãs:
– Tecidos
– Fita de cetim
– Gorgurão
– Manta de stress
– Miçangas
– Pérolas
– Linhas para croché e para costura
– Barbante
– E.V.A
– Cola quente
– Vasos
– Produtos para preparo de alimentos
– Produtos para serviço de embelezamento
– Produtos diversos para Costura, pintura, crochê, biojoias, bijuteria e artes em geral
Se você tem outros materiais para doar que não estão nesta lista entre em contato conosco porque eles podem ser úteis de qualquer maneira!
Os materiais podem ser entregues em 3 lugares:
– Belém: secretaria capela NS de Lourdes – av. Gov. José Malcher 1169, Nazaré
– Barcarena: Tv. Jaime Dias N° 1162-A, entre Almeida de Moraes e 15 de Novembro, Bairro-Novo
– Colares: Taberna do Zecão – Rua Santana Marques, próximo a praça dos 3 Poderes
CONTRIBUIÇÃO EM DINHIEIRO
Será usado para comprar equipamentos e insumos. Pode contribuir de uma das formas a seguir:
■ Em dinheiro na Secretaria da Capela de Lourdes: Av. Gov. José Malcher 1169, Belém
■ PIX 9198203-0443 Dados bancários: Banco do Brasil – Agência: 1686-1 Conta: 34938-0 Associação Antônio Vieira
FALE CONOSCO!
Para qualquer informação, ideias, para conhecer melhor o projeto: escreva, ligue ou venha nos visitar!
Centro Alternativo de Cultura CAC – Av. Gov. José Malcher, 1169 – Nazaré, Belém – PA, 66060-232
Tel . (91) 98203-0443
Email: [email protected]
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