Neste mês de agosto, em meio ao calor intenso da Amazônia, o Centro Alternativo de Cultura (CAC) celebra os resultados do primeiro semestre de 2023 com a retomada das atividades nas comunidades do Pará. Durante esse período, os projetos de acompanhamento às crianças e adolescentes, o apoio às mulheres empreendedoras e a formação política e cidadã deixaram sua marca de transformação nas vidas dos envolvidos.
Junto com crianças e adolescentes: novos espaços e expansão do serviço
O início do ano foi marcado por algumas ações: planejamento semestral das atividades, inscrições das crianças e campanha do Kit Educativo. Essa última contou com o apoio financeiro de várias pessoas, incluindo frequentadores da Capela N.Sra. de Lourdes.
A formação de educadores populares voluntários foi um outro passo importante, com o primeiro encontro ocorrendo em abril. “Aqui no CAC, reafirmamos a teimosia no cuidado da vida e da casa comum”, afirmou a equipe do Centro Social. A proposta foi lançada para o novo grupo de educadores que acompanha comunidades, crianças, adolescentes e pais na conscientização dos direitos humanos e da natureza.
O projeto Ajurì Mirim, dedicado aos adolescentes que completaram 13 anos, também teve início. O primeiro encontro aconteceu em junho, focado na reflexão sobre a identidade de cada um dos participantes.
Além disso, o primeiro semestre de 2023 marcou a expansão do serviço do CAC. Cinco espaços foram inaugurados pela obra, onde educadoras populares voluntárias acolheram crianças e adolescentes de 06 a 12 anos. Três desses espaços situam-se na periferia de Ananindeua (PA), abrangendo a comunidade Quilombola do Abacatal e as comunidades Rainha da Paz e N.Sra. Aparecida, no bairro 40 horas. Os outros dois estão localizados em Belém: Novo Florescer, no bairro de Canudos, e a comunidade Jesus Libertador, no bairro do Guamá.
Para os próximos cinco meses, novas comunidades serão integradas ao projeto nos bairros do Marco (Belém), Aurá (Ananindeua) e na cidade de Barcarena, além do preparo das oficinas de BrincAção para o V Encontro “Brincar é Urgente”.
Junto com Mulheres: Tecendo ReExistência e empreendedorismo solidário
Com o projeto Tecendo ReExistência, o CAC acompanha 44 empreendedoras solidárias nas cidades de Belém, Ananindeua, Barcarena e Colares. O projeto, no segundo ano de execução, visa fortalecer a economia solidária e a geração de renda na Amazônia.
Nesses últimos seis meses de atividades, as empreendedoras participaram de rodas de conversa; intercâmbios e oficinas de marketing, identidade visual e gestão financeira, permitindo a troca de saberes e experiências entre elas. Em julho, o movimento “Paneiro de escuta“ proporcionou um momento intenso de acolhida e compartilhamento de histórias e memórias dessas mulheres.
Formação Política e Cidadã: Construindo um Futuro Justo e Sustentável
Em maio, ocorreu a abertura da Escola Popular de Educação Socioambiental do CAC, seguida dos seus dois primeiros módulos educativos que abordaram os temas: projeto de vida e saberes populares. De acordo com a coordenação do Centro Social, isso só foi possível graças ao apoio da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos. A Escola atendeu com esse apoio financeiro, 40 pessoas, incluindo educadores populares do CAC, mulheres do projeto Tecendo ReExistência e lideranças de movimentos sociais e associações comunitárias. Essa jornada formativa acontece até o início de 2024, focada na Justiça socioambiental na Amazônia e na Educação Popular Freireana.
Comemorando a primeira metade de 2023, o CAC reafirma seu compromisso em promover mudanças positivas e construir um futuro de oportunidades para as comunidades da região.
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