Companhia de Jesus implementa Energia Limpa na Amazônia

Após uma série de pesquisas orçamentárias e estudos técnicos, quatro obras localizadas no Centro de Manaus receberam a implementação de energia solar. Iniciativas semelhantes já acontecem em Cuiabá – MT e Porto Velho – RO. O propósito é atender concretamente o chamado de cuidar da Casa Comum no contexto urbano.
Campo com potencial fotovoltaico instalado.

Ouça a reportagem:

 

Com o propósito de implementar energia limpa e atender concretamente o chamado de cuidar da Casa Comum no contexto urbano, quatro obras localizadas no centro de Manaus, no Amazonas, em um financiamento coletivo, investiram na implementação de 66 placas solares que alimentarão: SARES – Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental; Espaço MAGIS Manaus; Comunidade São Francisco Xavier e Centro Administrativo Associação Antônio Vieira – ASAV.

Para a implementar o sistema de energia fotovoltaica, ao longo do ano de 2022, foram feitas pesquisas Energia limpa é implementada em obras de Jesuítas.orçamentárias e estudos técnicos. O Delegado para a Preferência Apostólica Amazônia (PAAM), padre jesuíta David Romero, afirmou que a medida é significativa para a região e que a idealização do projeto ocorre desde 2021. “É um passo concreto no cuidado da Casa Comum acerca da energia limpa, principalmente no cuidado dos indígenas e das pessoas que mais precisam”, disse. 

A ação contou com participações efetivas da assessoria técnica do Prof. Alexandre Loures Barbosa, Diretor Geral da Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa (ETI – FMC), assim como também da assessoria jurídica da Província dos Jesuítas do Brasil, por meio da Dra. Silvana Lewandoski e equipe.  

O padre ressaltou ainda que a ação está em sintonia com outras iniciativas dos jesuítas na região como o Projeto Flora (Escola de Energia Solar na Amazônia) executado pela Equipe Itinerante e a implementação dos painéis solares em Cuiabá -MT e Porto Velho -RO. O projeto Flora no município de Maués no Amazonas, por exemplo, consiste na capacitação de ribeirinhos em energias renováveis, fomentando recursos locais para a construção, manutenção e operação das referidas infraestruturas, além de construir e manter a operação de 6 usinas fotovoltaicas em comunidades ribeirinhas. Outro aspecto relevante do programa é o desenvolvimento da fase de produção que consiste em um sistema de hibridação para barcos a diesel no interior do estado.   

 

Energia Limpa: potencial fotovoltaico na Amazônia Legal 

No início de fevereiro deste ano, a capital do Amazonas inaugurou a maior usina de energia fotovoltaica da região norte do país. Em 2019, o estado já contava com mais de 300 instalações de sistema solar renovável em residências e estabelecimentos comerciais, número que está em constante crescimento.  Dados fornecidos pelo Atlas Solarimétrico do Brasil indicam que o Amazonas possui um dos maiores índices de desenvolvimento do potencial fotovoltaico, apesar de não atingir os níveis de incidência solar do Nordeste, por exemplo. seus resultados chegam a 5,5 kWh/m² em radiação solar global média. 

No Amazonas, podemos destacar ainda a construção da primeira usina solar flutuante do mundo, localizada na Hidrelétrica de Balbina, no município de Presidente Figueiredo, que conta com 5 MW de capacidade energética, fornecendo energia elétrica para mais de 9 mil residências. Além disso, o estado também conta 12 minis usinas, todas localizadas nas comunidades de São Sebastião do Rio Preto, no município de Autazes. 

Apesar dos avanços, muitas regiões da Amazônia ainda não estão conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e, por isso, requerem uma geração independente de energia. Com exceção de Fernando de Noronha – PE, todas estão na Amazônia Legal, região que compreende nove estados da bacia amazônica. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a energia das grandes hidrelétricas construídas em rios amazônicos na última década, não serviu para suprir a região, e sim para ser distribuída pelo país. Áreas do Amazonas, Pará, Acre, Rondônia e Roraima ainda carecem de infraestrutura para serem conectadas ao sistema nacional. Nesses locais, mais de 90% da energia gerada vem do diesel.  

O objetivo da PAAM é proporcionar experiências concretas que sirvam de impulso a outras instituições para implementar a energia limpa também em diversos espaços como: Casas de Retiros, Capelas, Residências e Obras espalhadas pela querida Amazônia.

INFORMAÇÕES DE CONTATO

ascom

COMPARTILHAR

Notícias Relacionadas