“Pelo direito de ser criança e adolescente” é tema da caminhada do Fé e Alegria AM

Evento buscou sensibilizar a comunidade para o cuidado com crianças e adolescentes, além de dialogar com o cenário atual do Amazonas em relação às questões ambientais.
“Pelo direito de ser criança e adolescente” é tema da caminhada do Fé e Alegria AM

Centenas de crianças e adolescentes ocuparam com entusiasmo as ruas do bairro Grande Vitória, em Manaus (AM), na última segunda-feira (13), em uma comovente iniciativa promovida pela Fundação Fé e Alegria do Amazonas. O evento, que teve seu ponto de partida no centro social educativo, foi um clamor pela defesa dos direitos fundamentais para uma infância feliz e uma profunda reflexão sobre as questões ambientais que permeiam a região amazônica. 

O trajeto da caminhada incluiu quatro paradas estratégicas no bairro, cada uma marcada por apresentações musicais e pontos de reflexão. Temas cruciais como o direito ao esporte,  preservação ambiental, superação das violências de trabalho e abuso infantil e o acesso à educação foram assuntos abordados.

Os pais ou responsáveis dos educandos, representantes de organizações como a Rede Um Grito pela Vida, Pastoral da Criança e o Grupo da Pessoa Idosa Vitória Alegre uniram suas vozes na caminhada com as das crianças e adolescentes do Fé e Alegria. Estiveram presentes também representantes do Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (SARES) e do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR), obras da Companhia de Jesus. 

Alunos e alunas da Escola Municipal Coronel Jorge Teixeira também bradaram gritos de direito à infância e participaram da caminhada.

Irmã Maria Cleide Nascimento, coordenadora da Fundação Fé e Alegria Amazonas, expressou a importância de abraçar a causa dos direitos das crianças e adolescentes: “Nós, como instituição, queremos evidenciar para essas crianças e adolescentes que eles precisam, juntamente com seus pais, com a comunidade, com a própria instituição, buscar os seus direitos, que devem ser garantidos.” 

Mercy Soares, educadora social do SARES, animou a caminhada e trouxe à tona a realidade do contexto de proteção e garantia de direitos na infância: “Mesmo após 33 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), nós temos muitas crianças sem os seus direitos garantidos, com seus direitos violados, com violência, com falta de alimentação, com falta de educação. É necessário a colaboração de todos para somarmos vozes que visam assegurar o bem-estar de todas as crianças, adolescentes.” 

A atividade também evidenciou as dificuldades enfrentadas no habitat local, desde as ruas esburacadas até o esgotamento sanitário precário. A comunidade, ao longo do percurso, se mostrou solidária, comparecendo e apoiando as crianças.

O evento culminou com a entrega simbólica de 100 mudas de árvores doadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMMAS, simbolizando o compromisso com o cuidado da “casa comum”, como afirma a irmã Maria Cleide: “Esse gesto simbólico está conectado a uma das oficinas de meio ambiente e saúde que realizamos no centro Grande Vitória, onde trabalhamos diversas atividades que conscientizem os nossos educandos sobre a importância de cuidar do nosso meio ambiente.”

Sobre a Fundação Fé e Alegria no Amazonas 

A Fundação Fé e Alegria reafirma seu compromisso contínuo em promover os direitos das crianças e adolescentes no Amazonas. Projetos como Apoema e Qualificação Profissional destacam-se por fortalecer estruturas familiares nas periferias, buscando a autonomia integral dos educandos. 

Em um contexto mais amplo, a instituição atua no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, realizando atividades como reforço no Ensino Básico e Infantil, alfabetização, oficinas de esporte, arte e cultura. Essas ações visam não apenas remediar situações de vulnerabilidade social, mas também prevenir seu surgimento, construindo um ambiente mais seguro e promissor para as futuras gerações. A Fundação Fé e Alegria destaca-se como uma força catalisadora de mudanças, onde as vozes das crianças ecoam como agentes transformadores. 

 

Confira alguns registros:

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Felipe Moura

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