Com o intuito de fortalecer o trabalho conjunto e parcerias entre os dois escritórios (Manaus e Boa Vista), o Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados – SJMR realizou, entre os dias 6 e 9 de fevereiro, em Roraima, o seu Encontro Regional.
Na oportunidade, as equipes promoveram ações assistenciais, beneficiando diversas pessoas por meio de serviços gratuitos A inciativa da reunião ofereceu auxilio a migrantes venezuelanos, por meio da mobilização de profissionais de saúde, entrega de materiais e kits de higiene e pela distribuição de alimentos.
Uma das ações, a jornada da saúde, ocorreu durante todo o encontro e buscou colaborar na resposta emergencial humanitária, mediante o atendimento de qualidade, assistência farmacológica e exames para a população migrante e refugiada. A ação também proporcionou maior esclarecimento das pessoas em relação aos mitos e preocupações inerentes a vacinação contra a COVID – 19.
Em números aproximados, a capital de Roraima tem hoje cerca de cinco mil venezuelanos em situação de rua, os dados são do Projeto Orinoco: “Águas que atravessam fronteiras”. O aumento desse contingente de pessoas tem impacto nos serviços de saúde, moradia, assistência social e educação. Muitos dos imigrantes vivem em condições precárias e de vulnerabilidade social.
Para tentar conter a crise migratória, o SMJR atua em favor de um maior acolhimento e hospitalidade da sociedade brasileira aos migrantes e refugiados, promovendo e protegendo sua dignidade e direitos e acompanhando seu processo de inclusão e autonomia. A Instituição promove intervenções emergenciais, proteção, projetos de educação, integração, apoio psicossocial e pastoral.
Imigração em Roraima
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância(UNICEF), com o agravamento da crise econômica e social na Venezuela, o fluxo de cidadãos venezuelanos para o Brasil cresceu maciçamente nos últimos anos. Entre 2015 e maio de 2019, o Brasil registrou mais de 178 mil solicitações de refúgio e de residência temporária.
A média diária de entrada dos imigrantes esteve entre 300 e 500 pessoas. E, a maioria dos migrantes ainda entra no País pela fronteira norte do Brasil, no Estado de Roraima, e se concentra nos municípios de Pacaraima e Boa Vista, capital.
Além de Roraima, o Amazonas e São Paulo são os estados que mais recebem imigrantes provenientes da Venezuela. Os refugiados atravessam a fronteira para fugir da crise econômica e política que o país vizinho enfrenta desde 2017.
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