Os membros da Rede Itinerante Amazônica, presentes na cidade de Iquitos, de 18 a 21 de setembro, reforçaram a missão que surgiu a partir do Sínodo Amazônico: “conformar uma rede itinerante que reúna os diversos esforços das equipes que acompanham e dinamizam as comunidades” (cf. DF 40). O compartilhamento de experiências permitiu conhecer como avançam os processos para a reivindicação dos direitos nas comunidades amazônicas, suas lutas e clamores, além das ações de desenvolvimento aplicadas dentro do território.
Na mensagem final deste terceiro encontro, afirma-se que as equipes de diferentes partes do território “têm problemas compartilhados dentro de uma realidade comum: incêndios e secas provocados e agravados pelas mudanças climáticas e pelas dinâmicas extrativistas do sistema econômico e social imperante”. Esse panorama ressaltou, novamente, a necessidade de uma conversão ecológica para alcançar uma harmonia completa e um verdadeiro cuidado da Amazônia e da Casa Comum.
Além disso, a mensagem destaca a importância de envolver mais pessoas locais nos processos acompanhados até o momento, abrindo, assim, espaços de formação e participação locais com liberdade e confiança. Nas conclusões deste terceiro encontro, expressou-se também a necessidade de agregar mais forças que possam expandir a experiência promovida pela rede; o papel dos leigos, seu compromisso e as oportunidades que surgirem são fundamentais dentro dos processos.
As diversas comissões e as instituições que impulsionam a Rede Itinerante Amazônica foram consideradas durante os dias de discernimento e reflexão. Reafirmou-se que é fundamental, para o bom desenvolvimento da rede, que seus aliados permaneçam no processo; isto é, devem ser mantidos e fortalecidos os laços com os grupos da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA), da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) e da Confederação Latino-Americana de Religiosos (CLAR). No caso da REPAM e da CLAR, a mensagem final pede formalmente que “as novas coordenações possam manter e dar continuidade ao trabalho da Rede Itinerante”.
O cenário foi deixado aberto para a execução de ações territoriais com a visão expressa na mensagem final deste terceiro encontro. Desde a Rede Itinerante Amazônica, faz-se o convite para “arriscar-se com sabedoria, pois há algo mais”; em cada uma das ações realizadas no território, pede-se ouvir, acompanhar, tecer vida, cuidar e deixar-se cuidar, perdoar e amar.
Fonte: REPAM