O Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (Sares) concluiu na última segunda-feira (31) o Curso de Extensão “Educação Popular para o Bem Viver”, realizado no bairro Santa Etelvina, em Manaus. A iniciativa reuniu mais de 30 participantes em três encontros realizados nos dias 17, 24 e 31 de março, objetivando capacitar lideranças comunitárias e agentes sociais na promoção da justiça socioambiental.
O curso, promovido em parceria com a Associação de Moradia Ana Oliveira (AMAO) e o Conselho Estadual de Educação, teve uma carga horária de 40 horas e abordou temas como educação popular, ecologia integral e espiritualidade. A metodologia aplicada combinou aulas expositivas, rodas de conversa, oficinas práticas e vivências comunitárias, incentivando reflexões críticas sobre o conceito de Bem Viver e sua relação com os saberes tradicionais e científicos.

Para Maria Elza Ribeiro Sarmento, presidente da AMAO, a formação foi um marco importante para a comunidade. “Este curso trouxe um aprendizado fundamental. Nós, que já lutamos por moradia e dignidade, agora temos mais ferramentas para pensar soluções sustentáveis e multiplicar esse conhecimento entre nossos vizinhos. Agradecemos imensamente a oportunidade de aprendizado que foi proporcionada”, destacou.
A analista de captação de recursos do escritório de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Companhia de Jesus, Joicy Falcão, foi responsável por conduzir a Oficina de Projetos de Intervenção Socioambiental, um dos momentos mais práticos da formação. Ela ressaltou a importância do curso para o fortalecimento das organizações comunitárias. “Poder conversar com as organizações de base sobre captação de recursos e elaboração de projetos comunitários é sempre uma troca muito especial. Sabemos das dificuldades enfrentadas e tentamos colaborar com nossa experiência nesse relacionamento com os doadores e na construção de projetos. Essa parte de transformar a ideia em ações no papel é desafiadora, mas a Associação de Moradia Ana Oliveira foi muito participativa, acolhedora e criativa.”

O corpo docente contou com especialistas com vasta experiência na área socioeducativa. Os participantes também tiveram a oportunidade de desenvolver projetos de intervenção socioambiental, alinhando conhecimentos acadêmicos e saberes tradicionais em prol da sustentabilidade e equidade social.
A iniciativa reforça o compromisso do Sares com a formação de agentes transformadores na Amazônia, promovendo uma educação que valoriza a justiça socioambiental e o Bem Viver como princípios fundamentais para o desenvolvimento sustentável das comunidades locais.