Em alusão ao Dia Nacional de combate à violência sexual de crianças e adolescentes, o Comitê de enfrentamento à Violência Sexual Infantil do Amazonas promoveu na manhã desta quinta-feira (18), o ato público “Faça Bonito vai à Praça”, realizado na Praça da Polícia (Heliodoro Balbi), no centro da capital. 

Este ano, a mobilização completou 23 anos e promoveu diversas atividades educativas como pinturas e brinquedos funcionais para crianças. Organizações e instituições públicas também foram convidadas para a realização de palestras e debates. O ato também marca os 50 anos do assassinato da menina Araceli Crespo, vítima de abuso sexual em 18 de maio de 1973, em Vitória no Espírito Santo, crime que até hoje segue impune e que impulsionou a criação da data.

A Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Alcione Lelo Reis, comentou que o ato é uma forma de validar as necessidades de garantir os direitos humanos dessa fase infantojuvenil. “Neste dia, queremos mobilizar cada família, político, pessoa para proteger as crianças em um mundo em que elas estão cada vez mais vulneráveis, até mesmo em locais que costumamos achar que é seguro.” 

Na ocasião, convidada para falar na tribuna, a titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente – DEPCA, Dra. Joice Coelho, afirmou que “o principal meio de combate a esta problemática é a informação e a denúncia”. Também ressaltou que “todos nós somos corresponsáveis pelas crianças e adolescentes, porque essa infância é o futuro da nossa cidade, do nosso estado, é o futuro do Brasil”. Unido a essa data, a delegada fez o anúncio sobre a implantação do novo Centro Integrado de Atenção à Criança e ao Adolescente que começa a funcionar hoje. 

O centro funcionará na Delegacia Especializada em Proteção às Crianças e Adolescentes (DEPCA), na zona centro-sul da capital amazonense. Serão oferecidos serviços voltados à proteção e ao atendimento infantojuvenil. A unidade será um dos mecanismos da rede de proteção para a assistência às vítimas, testemunhas e famílias de crianças e adolescentes que sofreram algum tipo de violência, inclusive abuso e/ou exploração sexual. 

A Cáritas Arquidiocesana de Manaus por meio do Projeto Iça – Ação e proteção, Rede Um Grito pela Vida, Fundação Fé e Alegria (FyA – Am) e outros organismos civis que compõem a rede de proteção à infância também estiveram presentes no ato público.