“Sem recursos financeiros não é possível agir, e este é o ano em que os países devem apresentar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). Estamos pressionando para que sejam ambiciosas e orientadas pelo princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas”, destacou Carola Mejía, da Latindad, Rede Latinoamericana e do Caribe pela Justiça Econômica, Social e Climática, convidada para compartilhar com o Movimento os principais alertas e temas prioritários da agenda da Conferência.

Atualmente, dois terços do financiamento climático geram dívida para os países, pois são oferecidos em formato de empréstimos com altas taxas de juros — especialmente em países já endividados, como os da América Latina, que contribuem com apenas 11% das emissões globais. Por isso, a especialista em justiça climática também alertou sobre as falsas soluções (como os acordos de troca de dívida por natureza ou os empréstimos concessionais de bancos multilaterais) e destacou a oportunidade da campanha do Jubileu 2025 para o cancelamento da dívida externa de países altamente vulneráveis aos choques climáticos.

“O Movimento tem se dedicado à reflexão e ao encontro de jovens ativistas de dez países nos últimos meses, tanto virtual quanto presencialmente, para construir demandas próprias a partir de suas análises. Paralelamente, a Iniciativa de Ecologia Integral tem contribuído com reflexões e articulações de saberes, com foco no cuidado da Casa Comum, em diálogo com educadores e líderes comunitários amazônicos”, comentou Sabrina Burgos, coordenadora da equipe de Novas Fronteiras da Federação Fé e Alegria, ao apresentar as demandas que orientarão a atuação política, a influência e o trabalho em rede da Federação com outras plataformas, redes e movimentos da sociedade civil.

Beatriz da Silva e Maria Camila Rodriguez, jovens ativistas ambientais do Brasil e da Colômbia, respectivamente, participaram do encontro online para compartilhar suas expectativas e objetivos, já que serão as representantes da delegação da Federação Fé e Alegria neste evento internacional. Ambas participaram do processo de reflexão coletiva juvenil e foram selecionadas entre os próprios jovens que integram a Rede Geração 21+.

“Me enche de alegria e responsabilidade poder representar o Movimento na COP30. Como juventude, acreditamos ser fundamental estar presentes nesses espaços de decisão global para apresentar nossas demandas e sermos ouvidos. Estou muito entusiasmada e ansiosa por essa experiência que nos permitirá incindir e contribuir para a construção de um futuro mais justo e sustentável”, comentou Beatriz.

Conheça as demandas-chave da Federação Internacional Fé e Alegria para a COP30

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Fonte: Fé e Alegria Internacional | Macarena Romero – Equipe de Ação Pública