O padre Adelson Araújo dos Santos, jesuíta brasileiro originário de Manaus e professor na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, participou do Encontro de Bispos da Amazônia, realizado em Bogotá, de 17 a 20 de agosto, como parte da equipe de assessores teológicos da Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama).

O sacerdote, que foi perito e facilitador na comissão de espiritualidade do Sínodo da Sinodalidade (2022–2023), teve um papel importante dentro do encontro amazônico como animador das dinâmicas de “conversação no Espírito”, inspiradas na metodologia sinodal. Sua missão foi favorecer um ambiente de escuta e discernimento comunitário entre os mais de 90 bispos e participantes da região pan-amazônica.

“Colaborei sobretudo na dinâmica espiritual, ajudando para que vivêssemos o mesmo processo do Sínodo da Sinodalidade: deixar que o discernimento abrisse espaço para escutar a voz do Espírito”, explicou o padre Araújo.

Continuidade do caminho sinodal

Em diálogo com o Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM), o sacerdote jesuíta destacou que este encontro foi a continuidade natural do Sínodo para a Amazônia, vivido em 2019, e do atual processo sinodal da Igreja universal.

“O simples fato de reunir a Igreja amazônica em sua diversidade já foi um marco. Este encontro mostrou o sopro do Espírito que nos convida a seguir construindo uma Igreja sinodal, em comunhão, não apenas entre os pastores, mas também com todo o povo de Deus na Pan-Amazônia”, afirmou.

Identidade compartilhada na Ceama

Ele animou todos os participantes a retornarem às suas Igrejas particulares e comunidades com essa identidade própria que inspira a Ceama, organismo criado pelo Papa Francisco. Além disso, ressaltou que a missão da Ceama deve ser assumida de maneira corresponsável por todos os batizados da região.

“A Ceama não é apenas um grupo de dirigentes, somos todos nós. O grande fruto deste encontro será voltar às nossas Igrejas locais e comunidades com a certeza de que estamos unidos, somos um só corpo em caminho”, concluiu.

FONTE: Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM)